domingo, 27 de setembro de 2020

SEMANA 4 PET 4 Nietzsche

 Saudações! 



Vamos conhecer um pouco mais de Nietzsche (1844/1900):

“Os homens inventaram o ideal para negar o real”

Sem dúvida, um dos pensadores mais influentes do século XX é Nietzsche, que se considerava um pensador póstumo, alegava inclusive que: “Meu nome estará ligado à lembrança de uma crise como jamais houve na terra”. Podemos entender que essa crise, é justamente o que vimos na aula anterior, a crise da razão.

Sua “filosofia do martelo” atacou todas as “verdades absolutas” (Ídolos) levando ao polêmico anuncio da “morte de deus”, que na verdade indica o desaparecimento da “cultura moderna” como vimos, de todas as ideologias (ideias iluministas por exemplo), filosofias e religiões que no passado, iludiram e confortaram o homem segundo Nietzsche.

Nietzsche promove a ideia do “super-homem” (Übermensch), aquele que supera psicologicamente esse evento e com o “espirito dionisíaco” aceita a vida com seu caos e ausência de sentido.

Dionísio era o deus grego da festa/vinho e alegria, contrapõe Apolo, o deus que representa a razão e da ordem, Nietzsche se apropria desses dois símbolos para descrever a tenção que existe entre “instintos” e a “razão”, criticando assim o culto da razão e valorizando os instintos.

Seu método, a genealogia, partia na “busca da origem” da origem dos valores e ideias, o que mostra a relativização dos mesmos diante das condições históricas e culturais.

Assim, Nietzsche foi um grande crítico da moral, em especial a cristã (A chamando de moral dos escravos) sustentando que só existe moral autentica quando o homem age por sua própria iniciativa enquanto ser de liberdade, pela autonomia, ou seja, capacidade de decidir por si mesmo.




 


domingo, 20 de setembro de 2020

SEMANA 3 PET 4 - Marxismo (Indivíduo e sociedade)

 


Um pensador de enorme influencia, sem dúvida, foi Karl Marx (1818-1883), filósofo, economista, historiador, jornalista, revolucionário alemão e um dos fundadores do socialismo científico.

Muito comum abordar as ideias de Marx sem levar em conta o materialismo histórico, reflexão mais filosófica. Contudo, tal conceito sustenta todo o edifício teórico de Marx.

Quando pensamos em “materialismo”, nos vem à mente a “pessoa materialista”, apegada em bens materiais, que só pensa em ganhar dinheiro etc

Contudo, o materialismo na filosofia é a teoria segundo a qual, as causas das mudanças e acontecimentos no mundo, não seriam de origem ideal ou “espiritual”, mas sim, de origem material, histórica, cultural, econômica etc. Ou seja, toda a miséria e sofrimento que vemos em relação à África ou países em guerra, podem ser explicados como algum tipo de punição “divina”? ou questões econômicas, de exploração, ganância e desigualdade?

 Logo, a nova abordagem de Marx partia do princípio que as condições materiais em que as pessoas vivem, determinam a organização social. Assim, Marx não se limitou a uma abordagem apenas sociológica, mas também histórica e econômica a fim de identificar as causas das desigualdades sociais.

Mais-valia



Para Marx, o trabalho gera a riqueza, portanto, a mais-valia seria o valor extra da mercadoria, a diferença entre o que o empregado produz e o que ele recebe. Assim surge o conceito de mais-valia que descreve obtenção dos lucros no sistema capitalista. 

O “lucro” não é compartilhado com o trabalhador que é realmente o produtor da riqueza, mas fica com o dono dos meios de produção.

Socialismo Científico

Marx considerava inevitável a ação política do operariado contra a ordem capitalista e a sociedade burguesa, somente pela revolução socialista, iria surgir uma nova sociedade.

Para tal, inicialmente o controle do Estado seria de uma ditadura do proletariado e a socialização dos meios de produção, eliminando a propriedade privada. O que levaria posteriormente ao o “comunismo”, que representaria o fim de todas as desigualdades sociais e econômicas e o fim do próprio Estado.

 O comunismo

É muito comum as pessoas julgarem que socialismo e comunismo seriam a mesma coisa, mas não é bem assim:

Para Marx o Socialismo seria uma “ponte” até o Comunismo, este por sua vez, a concepção de uma sociedade “sem classes sociais” (Ricos e pobres ou burguesia e proletariado), para tal, não haveria a propriedade privada dos “meios de produção” (fábricas etc) e toda a riqueza social seria dividida segundo a célebre frase: “De cada um conforme a sua capacidade para cada uma conforme a sua necessidade”

As ideias de Marx influenciaram a Revolução Russa de 1917, além de teóricos e políticos, como: Lênin, Stálin, Trótski, Che Guevara, Mao Tsé-Tung. O que levou vários governos a se proclamaram “socialistas” como a URSS, Cuba, Coreia do Norte, etc. Note que cada um consequentemente fez uma interpretação de Marx ...

Toda a crítica de Marx volta-se para o Capitalismo pois segundo ele, é o sistema que permite e legitima toda a desigualdade social, tema da próxima aula ...


Uma palavrinha minha: https://youtu.be/AL2Wkv5Jnag

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

SEMANA 2 PET 4 Schopenhauer "Viver é sofrer" ?

 


Saudações! 

Nessa semana nos deparamos com o Famoso Arthur Schopenhauer (1788 - 1860), Filósofo que aparece em muitos Memes de internet sobre "sofrimento humano":

A filosofia de Schopenhauer inicia como oposição à filosofia de Hegel. O mundo é representação minha. Dessa forma inicia-se a principal linha de pensamento de Schopenhauer:

Nós não conhecemos o mundo como ele realmente é, somente temos instrumentos sensoriais que nos mostram o mundo dentro das suas capacidades perceptivas. O mundo é uma construção nossa, é uma representação nossa, assim, O mundo como o percebemos é um conjunto de representações dependentes da consciência, do espaço e do tempo.

A “vontade” é a essência do mundo e é conflito que leva à dor causada pela força contínua opositora entre as vontades do mundo. A vontade é infinita pois nasce do descontentamento do próprio estado e é um sofrimento enquanto não é satisfeita, mas mesmo que satisfeita a satisfação não dura e a vontade satisfeita se inclina para um novo estado de descontentamento, em um processo de geração de vontades infinito. Sendo também infinita a dor e o sofrimento gerados nesse processo.

Essa cadeia de geração de vontade e sofrimento só pode ser superada através da arte. Na experiência estética o homem se anula como vontade esquecendo-se de si mesmo e do seu sofrimento.

Para conhece-lo, deixo aqui um Vídeo e a recomendação desse canal no Youtube SUPERLEITURAS", que sempre traz pensadores famosos da humanidade de uma forma sucinta e objetiva:


Gostaria de sugerir outro vídeo para desencadear uma reflexão extra, que elucida ainda mais a perspectiva de Schopenhauer acerca da situação angustiante ou de sofrimento que a existência humana gera:



Lembre do Kant que também foi citado clicando aqui.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

SEMANA 1 PET 4 São Tomás de Aquino

 Saudações! 

Nessa nova etapa, quem deu as caras é São Tomas, se achou interessante a colocação dele acerca do conhecimento racional e a postura cristã, vamos conhecer um pouco mais dessa postura:



São Tomás de Aquino e a Escolástica

No século VIII, Carlos magno organizou escolas ligadas às instituições católicas, divulgando a cultura grega romana, mas com os conteúdos submetidos à teologia, o que marca o período da Escolástica (O termo vem de “escolas”).

 O representante máximo desse período foi Santo Tomás (1221/1274 d.C) cuja filosofia é considerada “preparação para a fé” além de ter uma função “apologética” (Argumento de que a fé pode ser comprovada pela razão) permitindo discutir até mesmo com quem não tem fé alguma.

Tomás constata que Deus é o primeiro na ordem ontológica (A primeira coisa que “existe”, é Deus) mas não na gnosiológica (Não é a primeira coisa que você “conhece”). Logo, podemos deduzir sua existência por seus feitos, raciocínio que nos leva a sua Teologia - As cinco vias para provar a existência de Deus: 

·         A primeira via (do movimento) Tudo o que se move é movido por outro, mas para evitar um “regresso” infinito, devemos admitir que exista um “primeiro movimento” que não é movido por nada, esse primum movens é Deus;

·         A segunda via (da causa) Nenhuma coisa pode ser “causa” de si mesma, mas novamente, para evitar um regresso infinito, devemos admitir que exista uma causa primeira, que produz e não é produzida, tal concepção nos leva a ideia de um Deus;

·         A terceira via (da contingencia) Nem tudo pode ser contingente, mas é preciso que exista algo necessário. Ex: Uma casa só pode ser levantada depois das colunas e assim por diante,

·         A quarta via (da perfeição) Podemos deduzir níveis de perfeição e a maior delas culmina nos atributos de Deus;

·         A quinta via (da finalidade) Tudo o que existe, existe para um fim e as coisas agem de tal forma por serem ordenadas por uma inteligência, como a flecha disparada por um arqueiro. Este ordenador supremo seria Deus.

 Essas cinco vias de Tomás buscavam demonstrara a existência de Deus por meio da razão e não da “Fé”.

Podemos notar também, que esses argumentos estão calcados nas ideias de Aristóteles, o que nos mostra como a filosofia cristã buscava na filosofia “clássica” um embasamento mais racional para defender a fé cristã.