domingo, 19 de julho de 2020

SEMANA 4 - John Locke



Saudações!

Na ultima aula falamos em René Descartes (Se perdeu, veja clicando aqui) considerado um "Racionalista". Tal vertente está ligada à teoria do conhecimento onde se tinha o conflito de ideias entre Racionalistas (Grupo em que se enquadrava Descartes) e os Empiristas, grupo onde se encontra o filósofo de hoje, John Locke.

Para recordar essa questão da teoria do conhecimento, clique aqui. Assim fica fácil compreender (Ou lembrar) a perspectiva de Locke. 

Mas em suma: 

Segundo os Racionalistas  o conhecido é obtido por meio da dedução da mente (Razão). Já para os Empiristas “Todo o conhecimento deriva da experiência sensível", ou seja, tudo o que há em nossa mente são “percepções” ou seja, as ideias são adquiridas pela experiência.

John Locke (632/1704) é um dos principais nomes entre os Empiristas, pois sua teoria é de que o ser humano nasce como uma folha em branco (Sem ideias inatas como acreditava Descartes) e são as experiências da vida que preenchem essa folha:


Se entendeu a ideia, vai conseguir achar graça no vídeo a seguir (Paródia) : 


domingo, 12 de julho de 2020

SEMANA 3 - Descartes



O modernismo


O período medieval está caracterizado principalmente pela expansão do cristianismo, culminando na autoridade da Igreja católica como detentora do “saber” e da “verdade”. 

Contudo, a partir do “Renascimento”, a religião que era o suporte do saber sofreu vários abalos, decorre daí um novo momento, o “Modernismo” cujas principais características são:

  • Antropocentrismo = Opondo-se ao pensamento “Teocêntrico”. O homem moderno coloca-se no centro das discussões e interesses. Mesmo na “Fé”, os adeptos da “reforma” defendiam o acesso ao texto bíblico e a livre interpretação;


  • Racionalismo = Foca-se a “razão” para discernir, distinguir e comparar;


  • Saber Ativo = Opondo-se ao Saber “contemplativo”, é a união entre “teoria” e “prática” submetendo a realidade à “experimentação”;


  • Método = O ponto de partida dos principais pensadores do século XVII (Descartes, Galileu, etc.) é a busca por um método adequado que leve à “verdade”

Assim percebemos a evolução do conhecimento no sentido de que no modernismo dava-se um maior valor ao uso da razão individual e à análise das “evidências empíricas” (O que marca o nascimento da ciência), ao contrário da escolástica medieval, que se limitava basicamente à consulta das autoridades do passado, como vimos, principalmente Aristóteles cujas ideias perduraram por dois mil anos e os primeiros Padres da Igreja.

Para compreender ainda mais esse momento histórico na perspectiva filosófica, vamos conhecer um dos principais nomes do Modernismo.



René Descartes (1596-1650)


"Penso, logo existo"



Considerado o primeiro pensador moderno, Descartes, propunha que de início devemos duvidar de tudo para analisar criteriosamente sobre qualquer assunto. 

Como grande matemático, (Considerado um dos criadores da geometria analítica) Descartes destacou-se pela construção de um método adequado para se empregar a Razão na busca pela “Verdade”, que em suma podemos dividir em quarto pontos:


1.              Regra de evidência = Aceitar algo por verdadeiro somente aquilo que seja absolutamente evidente por clareza e definição;

2.              Regra da análise = Dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quanto forem necessárias para resolvê-las melhor;

3.              Regra da síntese = Reordenar o raciocínio das ideias mais simples às mais complexas;

4.              Regra da enumeração = Realizar verificações completas e gerais para absoluta segurança.


Podemos perceber aqui, uma postura mais “cética” dos pensadores modernos bem como a necessidade de uma busca da “verdade” mais criteriosa.

Assim, podemos entender a frase famosa de Descartes: "penso, logo existo", ela é referência direta a primeira regra de seu método, duvide! E sua proposta foi radical, será que eu existo? Como posso ter certeza de algo? Esse foi o ponto de partida de sua filosofia.

Dualismo cartesiano:

Empregando seu método, Descartes chegou à conclusão de que no mundo haveria apenas duas substâncias: 


1.              A substância pensante (Res cogitans) = A consciência, a mente, a razão;

2.              A substância extensa (Res extensa) = Correspondendo ao mundo material, corpóreo etc.

 Descartes concluiu que o pensamento é mais importante do que a matéria, pois algo só é conhecido por meio da dedução da mente.

Essa concepção gera a discussão entre Racionalistas e Empiristas no que diz respeito à “Epistemologia” (Teoria do conhecimento).




segunda-feira, 6 de julho de 2020

SEMANA 2 - Maquiavel




Saudações! 

Semana 2 do PET Volume II e nos deparamos com conteúdo que eu já expliquei a mais lá no PET I  (Parece que tenho super poderes de deduzir o que vai acontecer  ... KKKKKK)

Falei sobre Maquiavel na aula da SEMANA 4 Indivíduo e Comunidade (Lei e Justiça) se perdeu, clique aqui.

Resumidamente:

“Realismo político” é o princípio enunciado por Nicolau Maquiavel (1469/1527) segundo a qual a ação política encontra em si mesma a própria justificação, ao garantir a ordem e a liberdade da convivência civil. A política portanto, consistiria em uma ciência autônoma (independente) de qualquer sistema ético ou religioso!

Em sua obra “O Príncipe”, Maquiavel sustenta que:

  • ·    Toda cidade é dividida por Dois desejos opostos: “O desejo dos grandes de oprimir e do povo de não ser oprimido”;
  • ·     A finalidade da política não é o “bem comum”, massa tomada e manutenção do poder;
  • ·     O poder do príncipe (Governante), deve ser superior ao dos grandes e estar a serviço do povo.



Sobre as questões do PET:

1 - A questão pede para você separar a ideia do adjetivo maquiavélico do Pensador Maquiavel, só refletir no significados:

Maquiavélico
  1. 1.
    relativo a ou próprio do maquiavelismo; em que há maquiavelismo; maquiavelista.
    "doutrina m."
  2. 2.
    FIGURADO (SENTIDO)FIGURADAMENTE
    que envolve perfídia, falsidade; doloso, pérfido.
    "plano m."

2 - Uma questão do ENEM de 2013, tenha em mente o seguinte: 

Maquiavel teve uma importância inovadora como fundador da política moderna ao separar ética de política. Maquiavel acreditava que a natureza humana é essencialmente má e os indivíduos deveriam conseguir ganhos a partir do menor esforço. Como cita no texto, os homens “duma maneira geral, são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro,” portanto sempre guiados por INTERESSES.

Se ficou mais curioso, olha esse vídeo bacana sobre Maquiavel: