A
"universalidade ou relatividade" de conceitos, é um conflito antigo
que se reflete inclusive nos valores morais.
Os Sofistas (Sec V A.C) viam os valores morais como “convenções
sociais”, portanto, "relativa" uma vez que o próprio ser
humano cria esses valores de acordo com suas necessidades e desejos. Já
Sócrates buscava mostrar que o fundamento da moral estaria na própria “natureza
humana” ou seja, que existe dentro de todos nós uma ideia "universal"
de "bem", do que seria certo ou errado.
Vimos que no contexto
filosófico, ética e moral possuem diferentes significados.
A ética está associada ao estudo fundamentado dos
valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade,
enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções
estabelecidas por cada sociedade.
O filósofo alemão Immanuel Kant disse “Age sempre
de tal modo que o teu comportamento possa vir a ser princípio de uma lei
universal”. Tal citação refere-se a sua ideia da “moral”.
Que concepção seria
essa? De que existe um núcleo comum de valores morais e "universais". Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo tem dentro de si, um vislumbre do que é o bem , o que é o "certo a se fazer" (Mesmo que não o faça).
Contudo, outro alemão, Friedrich Nietzsche defendia
que: “Não há fenômenos morais, mas apenas uma interpretação moral de fenômenos”.
Como isso pode ser interpretado como uma crítica a ideia de
Kant? Seu método, a genealogia, partia na
“busca da origem” da origem dos valores e ideias, o que mostra a
"relativização" dos mesmos diante das condições históricas e
culturais.
Assim nos deparamos com a
questão:
Existem valores universais ou é o ser
humano que cria os valores e sua moral?
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